Recesso
Até lá.
E muito obrigado pela presença durante este tempo.
Feliz Ano-Novo.
A primeira pedra
Então é Natal
Nas decorações das lojas, então, nem se fala. O Bom Velhinho não deixa espaço para a concorrência. Mas parece que, em pelo menos uma cidade, Noel ficará no prejuizo. A câmara municipal de Fluom-Winzeln, uma cidade com cerca de 3 mil habitantes na Alemanha, resolveu banir o Papai Noel (sim, não são só os nossos vereadores que andam muito ocupados).
O objetivo deste banimento é prestigiar a tradição de São Nicolau. O prefeito afirmou que Noel, além de ser um personagem artificial, não lembra em nada São Nicolau: uma pessoa que ajudava os carentes e um verdadeiro amigo das crianças. O comércio e as escolas aderiram à campanha de banimento e retiraram as decorações com Papai Noel e afixaram cartazes mostrando que o velhinho de vermelho não é mais bem-vindo.
Resta saber se, mesmo com o risco de não ser bem recibido, Papai Noel deixará presentes ao pé das árvores de Fluom-Winzeln.
Desculpe-nos o transtornos. Estamos aqui para melhor servi-lo.
Mas há coisas que o cliente não precisa saber ou ser lembrado. É claro que uma empresa visa o lucro, é óbvio que ela gostaria de aumentar o valor da compra de cada cliente. Mas o consumidor não precisa ser lembrado disso durante a compra.
Enquanto terminava o seu Cheddar McMelt, Joãozinho não podia deixar de ouvir a gerente do Mc Donald's que falava entusiasmadamente com seus funcionários no meio das mesas:
- Vocês têm que saber a diferença entre anotador e promotor. O anotador anota o que o cliente quer. O promotor sugere, vende. Eu não quero um anotador. Vocês têm que ser promotores. Têm que vender, anotar não é importante, vender que é. Tem que falar da nova sobremesa com calda de goiaba, tem que sugerir...
Como seria bom continuar na ilusão de que o sorriso da moça do caixa era apenas uma demonstração de simpatia.
Dúvidas de beleza
Para o corpo: sabonete (líquido ou em barra) hidratante, esfoliante, firmador, para pele seca, oleosa, mista, negra, caucasiana...
Para as partes íntimas: sabonete líquido normal, com aroma, em lenços umidecidos, para crianças...
Para um cuidado especial: sabonete (líquido ou em barra) antiséptico, bactericida...
Para o rosto: gel ou espuma de limpeza para pele sensível, oleosa, mista, seca, extra-seca...
Como viveu minha bisavó que lavava tudo isso com sabão em barra, feito de gordura animal, que tinha cheiro e aparência horrível? E como uma foto dela, tirada no começo do século (quando não tinha o photoshop) a traz tão bonita?
Pagamento à vista
- Ela custa R$ 69,90. À vista, eu posso dar 10% de desconto. Mas o fulano (dono da loja) pode dar mais. Conversa com ele.
...
- Fulano, quero levar esta blusa à vista. Quanto de desconto você me dá?
- Hum... Posso dar 15%. Ela sai por R$59,00.
- Ah, não: 59 é um número feio. Pago R$ 55,00 (já entregando o cartão de débito).
- Não dá. O cartão de débito me consome 3,5%, não posso diminuir mais, mesmo à vista.
- E se eu pagar à vista com cheque. Faz por R$ 55?
- Hum... Pode ser... à vista, cheque... Ok.
- Ótimo. Anota aí que semana que vem eu passo aqui e te pago.
...
Conversa que só se escuta no interior deste meu Brasil.
Espírito de Natal.
Segundo o Uai, um parque de Dorset, no sul da Grã-Bretanha, se esforçou para criar e divulgar a "Nova Floresta da Lapônia". Ao que parece, os esforços em divulgar a floresta natalina foi bem melhor do que os da execução do projeto, pois em apenas uma semana de funcionamento o evento gerou o protesto de 2 mil pessoas na entidade britânica de defesa ao consumidor. As queixas vão desde que o local não corresponde ao que foi divulgado, até um Papai-Noel que fumava durante a visita. A insatisfação gerada foi tão grande que um pai chegou a agredir o "Papai-Noel" depois esperar por quatro horas na fila, descobrir que não poderia tirar fotos do seus filhos com o Bom Velhinho e que iria ter que entrar em outra fila para receber um brinde.
A atração, além das reclamações e da agressão ao Papai Noel, rendeu agressão física a três seguranças e três "elfos", sem contar os que foram xingados. E, para piorar, o responsável pelo marketing do parque afirmou que as reclamações foram feitas por um grupo de "criadores de caso" profissionais, pessoas que gostam de entrar em filas e criar confusão. Bem, se ele acredita que há duas mil pessoas dispostas a entrarem numa fila apenas para criar confusão, acho que é melhor ele incluir um novo emprego na sua listinha para o Papai-Noel.
Fogueira da inquisição
"Livros para iluminar o seu Natal"
Vão começar a por fogo?
Cortem as cabeças
"Banir propagandas (de fast food) reduziria obesidade infantil, diz estudo" - este é o título de uma matéria do UOL. Uma dedução mais do que esperada. Afinal alimentar o consumo é uma das funções da propaganda, bani-la reduziria o consumo em qualquer segmento, inclusive o de alimentos. Mas o real problema seriam os comerciais de hamburgeres? Segundo o estudo publicado no "Journal of Law & Economics", banindo as propagandas de fast food conseguiria-se reduzir o número de crianças de 3 a 11 anos acima do peso em 18%. Quantas crianças de 3 anos conseguem comprar algum produto por conta própria? E de 4, 5, 6...?
Que a obesidade infantil é um problema, não há dúvida. Mas as soluções passam mais para a educação dos pais do que pelo banimento da publicidade. Soluções como essa me parecem com aquela piada de corno que quando descobre que sua mulher o traiu no sofá, troca o sofá.
Haverá algo no céu além dos aviões de carreira.
Embora a data prevista seja em um futuro próximo, o valor estimado para o produto pertence a um futuro muito, mas muito distante daqui - R$ 2,4 milhões. Pensando bem, a sua comercialização não será em uma escala tão grande pelo menos no início.
O "Carro" para quatro passageiros deverá voar a 600km/h e sua proposta é ser mais simples de se pilotar do que um helicóptero e consumir menos combustível do que um esportivo de luxo. Nada mal para quem vive preso nos engarrafentos das grandes cidades.
Um único planeta.
Me lembrei que desde que ouvi falar sobre globalização pela primeira vez ouço sussurros praguejando contra o fim das tradições locais. Pessoas que defendiam que, por exemplo, os índios continuassem vivendo nas matas sem usufruir dos benefícios da tecnologia, enquanto os pregadores das tradições continuavam a usufruir de suas maravilhas tecnológicas em seus apertamentos da zona sul. Como se alguém tivesse o direito de decidir sobre como outra pessoa deva ou não viver.
Se uma tecnologia ou costume estrangeiro é positivo, por que não incorporá-lo? Nada contra as tradições e muito menos a favor dos desfiles de moda, mas as coisas evoluem e os costumes devem seguir o mesmo caminho. Afinal, a troca de mercadorias e conhecimentos não obriga as pessoas a mudarem seus hábitos - são seus próprios anseios que motivam a mudança.
Vai um jabá aí?
O tio de uma amiga nos passou uma receita de caldo de mandioca simplesmente divino, que ele sempre fazia nas festinhas de dias frios. Pimentão, cebola, mandioca, bacon, temperos e... carne de jabá. "Açougue que tem carne para feijoada tem carne de jabá", garantiu-nos o tio.
Por algum motivo (talvez medo de descobrir que bicho estranho era esse que dava o toque de Midas no caldo) não perguntamos a ele o que seria esta carne de jabá. Dispostas a fazermos nós mesmas a receita, baixamos no Mercado Central com a receita nas mãos. Depois de comprar meio quilo de carne de jabá, já íamos saindo do açougue quando não me contive mais (para mim, era melhor saber o que eu estava comendo do que comer na ignorância e deixar a imaginação solta). "Moço", perguntei ao açougueiro, "como é um jabá? Que bicho que ele parece?".
O açougueiro fez questão de repetir a pergunta em voz alta para que todo o açougue parasse pra rir da nossa cara. "Menina, é carne de vaca mesmo". Lembro-me de rir também, ficar vermelha como o pimentão da sacola, e sair de fininho enquanto ouvíamos as gargalhadas dos açougueiros. Até hoje imagino se mais gente faz esta pergunta ou se aquelas duas meninas com uma receita nas mãos desvendando o Mercado o fez rir por mais tempo.
A internet chegou ao mundo dos mortais e pude, então, pesquisar o que significa a tal carne de jabá:
Carne-seca - Passa por processo de secagem como o da carne-de-sol, mas recebe mais sal e é empilhada em lugares secos. Precisa ser constantemente mudada de posição para que seus líquidos evaporem. Depois é estendida em varal, ao sol, até se desidratar completamente. É também chamada de charque, carne-do-ceará ou jabá.
Diferente da Carne-de-sol:
Carne-de-sol - Carne que passou por processo de secagem. O preparo requer que seja ligeiramente salgada e colocada em lugar coberto e ventilado, o que exige clima seco, como o das regiões do semi-árido do nordeste brasileiro (mas pode ser feita em outras regiões quentes). Com essa técnica a carne ganha uma casca protetora que a conserva internamente úmida e macia.
Sentindo na carne
Quem quer notícias de antes de ontem
Santa Eficiência
Alguém se lembrou das bolsas
Não sou contra as portas de segurança. Pelo contrário. Sempre me submeti a isso com o prazer de saber que, se a porta barra meu anticoncepcional, vai barrar o revólver de um ladrão.
Mas esta semana tive uma doce surpresa ao ir ao Itaú. O banco colocou um guarda-bolsas (e demais apetrechos que não serão usados dentro do banco) perto das portas de entrada. Com o cartão do banco, abri uma portinhola, deixei minha bolsa com tudo de perigoso que tinha lá dentro e entrei no banco feliz com só com minha carteira. Na saída, foi só passar o cartão e ir embora. Tudo bem mais rápido do que o normal.
Não sei se outros bancos já pensaram nisso. Só sei que fiquei feliz e achando a sacada genial. Deve ter sido idéia de mulher (sem nenhum pré-conceito nesta afirmação).
A história das coisas
Depois de ver o filme abaixo, me deu vontade de fazer ainda mais. Afinal, a revista Veja desta semana já avisou: "O planeta está esgotado: o homem já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de produzir. O ritmo atual de consumo é uma ameaça para a prosperidade futura."
Eu quero e preciso fazer mais antes que meus filhos (ainda nem encomendados à cegonha) cresçam. Eles vão precisar de um planeta para viver.
Isso não dá para fazer
O mais assustador para mim foi receber um e-mail da assessoria de imprensa de uma psicóloga, psicanalista e psicoterapeuta da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguistica oferecendo a profissional para falar sobre os possíveis - e praticamente certos na opinião deles - traumas que a menina Nayara desenvolverá a partir de agora.
Além de listar tudo o que a menina sofrerá na esfera psíquica, o release ainda explica como a neurolinguística pode reverter estes traumas.
Ficam as perguntas:
- que tipo de psicólogo é esse que diagnostina de longe, baseado apenas no que dizem os jornais?
- que tipo de assessor de imprensa é esse que tenta se aproveitar de uma situação assim para sugerir algo tão sem escrúpulos?
Em ambos os casos, fica minha eterna tese: os sem-noção vão dominar o mundo.
Ciência
Mas há pesquisas em que não conseguimos perceber claramente sua utilidade. Na verdade, são aparentemente inúteis e se destacam mais pelas risadas que provocam quando mostradas nos noticiários do que pela sua utilidade. Para premiar estas pesqisas é oferecido pela revista humorística Annals of Improbable Research o prêmio Ig Nobel.
Pode não parecer, mas este prêmio não é simplesmente uma piada. Para recebê-lo, a pesquisa não basta despertar sorrisos. O trabalho deve ter sido produzido, de preferência publicado em revistas conceituadas, e por último é revisado por cientistas espanhois que atestam sua "seriedade".
Sem falar no tempo e no dinheiro empregado nestes estudos, é difícil saber a real motivação destes pesquisadores e, principalmente, de seus financiadores. Veja alguns ganhadores de 2008:
Paz: O Comitê Federal Suiço de Ética sobre Tecnología Não-Humana, e todos os cidadãos suiços, por aprovarem em abril o princípio legal de que as plantas têm dignidade.
Medicina: O norte-americano Dan Ariely, por demostrar que falsas práticas medicinais caras funcionam melhor que falsas práticas medicinais baratas. (Estudo publicado no Jornal of American Medical Association)
Biologia: Marie-Christine Cadiergues, Christel Joubert y Michel Franc, da Faculdade de Veterinaria de Toulouse (França), por demostrarem que as pulgas pulam mais sobre os cachorros do que sobre os gatos. (artigo publicado na Veterinary Parasitology)
Química (2 vencedores): Os norte-americanos Sheree Umpierre, Joseph Hill y Deborah Anderson, por descobrirem que a Coca-Cola é um espermicida efeciente, (publicado no New England Journal of Medicine), e os taiwaneses C.Y. Hong, C.C. Shieh, P. Wu y B.N. Chiang, por descobrirem que a Coca-Cola não é um espermicida (publicado no Human Toxicology)
Economia: Geoffrey Millar, Joshua Tyber y Brent Jordan, da Universidade do Novo México (EUA), por descobrirem que os ganhos de uma stripter dependem de seu ciclo menstrual. (publicado no Evolution and Human Behavior)
Influência eleitoral nos diretores de criação:
Gente. Vou falar a verdade procês. Agora que chegou este pedido de trabalho urgente nós vamos sentar, conversar e discutir. Porque gente cuida de gente e uma campanha para ser entregue daqui uma hora, dá para fazer. Deixar o cliente na mão? Não. Isto não dá para fazer.
Efeito Lacerda
Realizar uma campanha em uma hora requer experiência e maturidade. Com o apoio do Governador Aécio, do Presidente Lula, do Pimentel, do planejamento, do atendimento e da finalização, nós continuaremos o bom trabalho que está sendo feito e faremos ainda mais. Ampliaremos essa campanha e apresentaremos outras duas. Agora, serão mais 10 novas mídias e três linhas criativas. Faremos uma grande apresentação. Porque isso eu sei fazer.
Efeito Quintão brincalhão:
O atendimento mandou um PIT para apresentar uma campanha em uma hora?
Nós vamos rasgar e chutar a bunda deles. Vamos rasgar e chutar a bunda deles.
Um pingo no oceano
Muito obrigado. Sua visita é muito importante para nós. Deixe seu comentário que em breve iremos respondê-lo.
O meu é sem açúcar
Agora, a arte em servir café sofrerá outra transformação estética. A "coffe printer", uma impressora, com a mesma tecnologia das impressoras de mesa, que produz imagens e textos no café trabalhando o contraste da espuma do leite no café.
Criatividade
Exemplo:
Arte, Diretor de Arte
Anti-bafômetro
Pela denúncia, a venda do remédio, de tarja vermelha, era estimulada pelos vendedores da farmácia e realizada sem receita médica. Os farmacêuticos serão indiciados por propaganda enganosa e por estímulo à automedicação.
Enfim, milagres não existem. Existe a coca-cola.
Não vote em Ninguém, mas em alguém
Cada um no seu quadrado
Coragem pra dizer a verdade.
Eu gostaria de ver a cara do cliente ao ser apresentado à peça. Na verdade, me contentaria em ver a cara da atendimento ao vê-la. Pena que eu não trabalhe na McCann Ericksons de Praga. Quem sabe um dia. (Peça retirada do I believe in advertising)
Atendimento(?)
Vida de freela
Sexo amigável - com o meio ambiente
Entre as recomendações, apagar as luzes, consumir as chamadas frutas afrodisíacas livres de agrotóxicos, usar ecolubrificantes e por aí vai. Termina com "faça amor, não faça a guerra". A nota completa pode ser conferida no link.
Um sonho de rei
Na nova campanha da nestlé (veja o filme), Pelé realiza o sonho de todos os times da série A do Brasileiro (e, quem sabe, o seu). Com alguns aninhos de atraso, é verdade.
Agora, a segunda camisa que o Rei veste (logo após a do Santos) não foi escolhida ao acaso.
Mataram o tempo
Procuro por você, candidato.
Sendo assim, prometo digitar corretamente o seu número na urna eletrônica e lhe propiciar quatro anos de mandato se você se comprementer em tentar melhorar muito o trânsito desta cidade.
Espero propostas concretas para a aprimorar o transporte coletivo, que você lute pela liberação de verba junto ao governos federal e estadual para aumentar as linhas do metrô. É claro que você não precisa se limitar ao setor público, pode promover parceria com setor privado ou mesmo promover uma licitação para concessão pública, não vejo problema que uma empresa administre o metrô desde que ele seja eficiente.
Tenho esperança que você combata os tomadores de contas, uma praga que domina as vagas da cidade e que evite de maneira veemente sugestões porcas que só reduzem o sintoma por um tempo e não resolvem o problema, como o rodízio de veículos.
Se você tem a inteção de trabalhar neste tema, mande seu número. Não farei distinção por partidos ou apoios. Só me interessam as propostas.
Harri Puttar
Os produtores de "Hari Puttar" disseram que haviam registrado o título há dois anos e que o filme não guardava nenhuma semelhança com a franquia "Harry Potter", sucesso absoluto da Warner. O filme indiano é a história de um garoto que luta contra dois criminosos que tentam roubar uma fórmula secreta desenvolvida pelo pai cientista do personagem.
Hum... fórmula secreta/poções mágicas, pai cientista/pai bruxo, Harri Puttar/Harry Potter...
É... deve ser implicância da Warner mesmo.
Só uma lembrancinha
Há algumas semanas, acompanhei uma conversa na mesa ao lado em um restaurante bacana de BH. Estava na mesa um casal mais idoso, quando chegou um casal mais jovem. Com o cumprimento, deu para ver que eram o filho e a nora do primeiro casal. Depois dos beijinhos de praxe, veio a conversa:
Nora: "Feliz aniversário. Comprei até um presentinho, uma lembrancinha para você". E entrega uma caixa enoorrmmee de chocolates da Kopenhagen.
Sogra: "Ah, obrigada. É mesmo uma lembrancinha muito simpática".
Nora (um pouco indignada. Afinal, aquela caixa de chocolates deve ter custado meia fortuna): "É... e nem é tão lembrancinha assim, né? Afinal, é Kopenhagen... e é muito bom..."
Lição aprendida: jamais chamem qualquer presente Kopenhagen - seja dando-o ou recebendo-o - de lembrancinha. Pode causar um certo constrangimento rs...
Amarelou, perdeu?
A primeira impressão
- Você se lembra da Grolsh beer?
- Groxi... o quê?
- Grolsh beer. Aquela cerveja com gosto de azeit...
Estávamos em Cabo Frio, uma galerinha com pouco dinheiro em busca de mulher, praia e diversão. Era auge da arbertura de mercado promovida pelo até então "caçador de marajás". Naquela época, produto importado ainda era sinônimo de qualidade. Tinhamos acabado de chegar na cidade e fomos ao mercado providenciar nosso estoque de cerveja.
- Puta que pariu!
A cada caixa, uma nova e falsa esperança de que fosse diferente das anteriores. Pela primeira vez na história, sobraram cervejas na geladeira.
Mas porque diabos, ele lembrou desta cerveja? De volta ao texto no msn, vejo que meu colega publicitário, que por acaso acabara experimentar a dita cerveja novamente, tentava me convencer de que naquela época tivemos o grande azar de comprarmos um lote que estava deteriorado.
- A cerveja é muito boa. Vamos tomar umas para você ver. Você não vai acreditar...
Embora curioso, ainda não aceitei o convite. Estou digerindo a idéia, mas descobri que as lembranças ainda não foram bem digeridas. Gosto de cerveja e de azeitona. Mas sem dúvida nenhuma que prefiro cada uma em sua embalagem. Quem sabe na próxima?
Propaganda de outro mundo
Que coisa
Fé olímpica
Importante é competir?
Crendices
O que se come pelo mundo
Reparem no tamanho da família, a dieta alimentar de cada país, a disponibilidade de alimentos e a despesa com comida em 1 semana.
1 - Alemanha: Família Melander de Bargteheide. Despesa com alimentação em 1 semana: 375.39 Euros / $500.07 dólares
2 - Estados Unidos da América: Família Revis da Carolina do Norte. Despesa com alimentação em 1 semana: $341.98 dólares
3 - Itália: Família Manzo, da Secília. Despesa com alimentação em 1 semana: 214.36 Euros / $260.11 dólares
4 - México: Família Casales de Cuernavaca. Despesa com alimentação em 1 semana: 1,862.78 pesos / $189.09 dólares
5 - Polônia: Família Sobczynscy de Konstancin-Jeziorna. Despesa com alimentação em 1 semana: 582.48 Zlotys / $151.27 dólares
6 - Egito: Família Ahmed do Cairo. Despesa com alimentação em 1 semana: 387.85 Egyptian Pounds / $68.53 dólares
7 - Equador: Família Ayme de Tingo. Despesa com alimentação em 1 semana: $31.55 dólares
8 - Butão: Família Namgay da vila de Shingkhey. Despesa com alimentação em 1 semana: 224.93 ngultrum / $5.03 dólares
9 - Chade: Família Aboubakar do campo de refugiados de Breidjing. Despesa com alimentação por semana: 685 Francos / $1.23 dólares
Alguém tem idéia de quantos dólares gasta por semana com alimentação?
Também, foram crescer pra quê?
- na foto do post abaixo, Magali bem magrinha. Será que continua comilona?
Todo mundo tem que crescer?
Não sei, não. Acredito que alguns personagens não deveriam crescer conosco. Eles moram no nosso imaginário como crianças e deveriam permanecer assim por lá.
Reforço
Você não conhece o poder que tem o lado negro da força.
Uma força maior do que a decepção em ver os três últimos filmes produzidos, bem aquém de minha expectativa. E o pior, é que quando tentei rever os três primeiros filmes, eles ficaram aquém de minhas lembranças. Óbvio que os filmes não mudaram, eles continuam da mesma forma que da penúltima vez que os tinha visto. Tão pouco minhas lembranças estavam distorcidas, alguns diálogos e cenas estavam gravados em minha memória da mesma forma que eram executados pelos atores. Mas as sensações que os filmes me passavam não eram mais as mesmas de quando eu os via e revia há muito tempo, numa infância distante.
Mesmo assim, ainda vibro com os personagens dos filmes principalmente quando se transformam em atores de uma boa propaganda.
Osama Bin no Brasil
Na seca
Imagem não é nada
Sem comparação
Vamos, levante-se da cadeira
A BBDO de Nova York dosou bem o empurrãozinho nas pessoas para o site de emprego Monster.
Se não for por si mesmo, tente ao menos por quem se esforçou por você.
Só falta isso. Não falta mais.
Essa pergunta passou pela cabeça do camelô Tiago Maciel, que viu uma oportunidade de diferenciar-se de seus concorrentes e aumentar suas vendas. Embora não tenha um ponto fixo, e viva andando pela cidade carregando seus produtos, Tiago legalizou seu negócio, passou a comprar com nota fiscal e a pagar os impostos. Fez tudo que a operadora do cartão pediu. O esforço valeu a pena, além do, segundo ele, crescimento de 20% em suas vendas, o feito de conseguir comercializar com cartão de crédito sem um ponto fixo foi tão inusitado a ponto de ser chamado para relatar sua experiência para centenas de executivos que normalmente não parariam para ouvir sobre as habilidades de vendas de um camelô. E, como bom empreendedor, Tiago não vai parar. Ele já se prepara para vender também pela internet.
Pipoca na cabeça?
Fato: não dá para acreditar em tudo que se vê pela internet.
Dúvida: se é verdade que o celular pode transformar milho em pipoca, o que ele pode fazer com o nosso organismo?
Tutto cosa nostra
Os cambistas vendendo alimentos não-perecíveis na entrada eram brasileiros.
Havia uma grande variedade de comida típica italiana.
Já a fila para comprar pizza era bem brasileira.
Uma travessa com cinco tipos de embutidos era da culinária italiana, a pressa de uma consumidora que não esperou que ela ficasse pronta e levou-a só com um tipo era brasileira.
A festa teve um ar italiano.
Mas o sol com certeza era brasileiro.
Reservado
Chegando na chopperia um pouco antes da hora marcada, a surpresa, o Krug Bier estava com as luzes apagadas e completamente fechado. Em alguns segundos, a incredulidade, a raiva e a ansiendade tomaram conta de seu corpo. Começou a ligar para os convidados, com um misto de vergonha e indignação para remarcar o local em cima da hora. Os mais pontuais, ainda a encontraram na porta daquela chopperia para seguirem em comboio para o Albano's.
Nessas horas, é que nos lembramos da importância da existencia de empresas concorrentes e de como, para algumas, o cliente não é levado em consideração.
Conselhos financeiros
(Gustavo Cerbasi - no livro Cartas a um Jovem Investidor)
"Regra nº 1 (para investimentos financeiros): Nunca perca dinheiro. Regra nº 2: Nunca esqueça a regra nº 1"
(Garimpadas no livro "O Tao de Warren Buffett" pela revista Você S.A.)
Não sei se terei retorno financeiro com estas informações, mas posso afirmar, sem sombra de dúvidas, que, com elas, o bom humor é um retorno garantido.
Prioridade
"A saúde é a nossa prioridade", disse a responsável da prefeitura. "Por isso, será o tema da nossa próxima campanha."
Dias depois, a recepcionista da agência chama Joãozinho na criação:
- Joãozinho, tem uma ambulância aqui na porta pra te entregar uma coisa.
- Uma ambulância? Como assim?
"Bom, me entregar é melhor do que me levar", pensou Joãozinho enquanto ia em direção ao veículo. "Me entregar algo? Que ambulância? Será que são as fotos da campanha da prefeitura daquela cidade? E as mandaram numa ambulância?"
Depois de comprovar suas dúvidas, Joãozinho, ficou com as fotos e com a esperança de que aquela ambulância tenha aproveitado uma viagem de trasporte de pacientes para entregá-las. Uma pequena esperança, mas já sem nenhum entusiasmo.
Materialização de um sonho
Infelizmente, em pouco tempo descobri que meu futebol não era para tanto. Que o máximo que eu conseguiria era não fazer feio nas peladas. Mas o sonho ficou. E bisbilhotando o blog da agência Filadelfia, vi o filme da Nike que mostra, em primeira pessoa, a concretização deste sonho. Só que em outros gramados e com outras cores.
Dois minutos que me levaram de volta à infância.
Saudosismo
WII, o anúncio até que combinou com gráfico ultrapassado de seus jogos.
Valeu pelo link, Portugal.
Acredite quem quiser
Pela quantidade e pela velocidade com a qual a informação percorre todos os cantos, fica cada vez mais difícil checar sua veracidade ou relevância. Ela é consumida, repassada e depois, quem sabe, verifica-se as consequências. Hoje, qualquer um com uma "certa" credibilidade consegue seu palco para propagar sua mensagem. Seja uma ex-namorada querendo vingança por ter sido preterida, seja uma empresa querendo divulgar seu produto.
Era difícil de se imaginar que aquilo iria ganhar tamanha proporção. Com pouca verba, foi decidido que a divulgação do filme seria feita por ações de guerrilha inspiradas nas cinco histórias do filme. Numa delas, uma noiva abandonada ercorreria as ruas da cidade de véu e grinalda, distribuindo panfletos que contavam sua triste história, e se oferecendo para se encontrar com os homens que passavam por seu caminho. Para tanto, bastava entrar no blog da noiva e se cadastrar.
Alguns desconfiaram, pessoas acertaram que aquilo se tratava de uma ação de marketing. Mas muitas acreditaram. Algumas ofereceram ajuda, outras tentaram marcar um encontro com a noiva desesperada. Mas só um conseguiu tal proeza, na verdade uma. Quem conseguiu a façanha foi a apresentadora de TV Márcia Goldschmidt que por motivos óbvios fez uma entrevista e divulgou toda história.
Entrevista com a noiva abandonada.
E a revelação de que se tratava de uma ação para a divulgação de um filme foi feita no próprio blog da noiva.
Quem poderia?
Tão perto, tão distante.
Joãozinho estava entusiasmado. Acabara de sair de um almoço de negócios, no "A Favorita", muito produtivo. Não era um lugar que ele ia com freqüência e, por isso, tentava captar cada detalhe. Depois de uma bela refeição e já na calçada, despedia-se do presidente de uma grande empresa quando um som o despertou. No meio de um bairro onde mais se consome luxo na cidade, um fusquinha bege claro teve a ousadia de ofertar comida.
Enquanto os alto-falantes do veículo berravam - "Pamonha. Pamonha fresquinha." - Joãozinho imaginava quantos clientes não teriam vergonha de comprá-la ali.
A falta que um redator faz.
uma empresa.
Entrar na rua e dar de cara com escavadeiras abrindo um buraco enorme no meio da pista já não é muito agradável. Olhar a plaquinha de identificação da obra e descobrir que a operação se chama "Caça-esgoto" é dasanimador. Se a Copasa não sabe onde diabos ficam os esgotos da cidade, quem saberá?
Só espero que ela os encontre rápido, antes que entupam.
Movida pela fé
Percepção
Desde que seja um Ford
Portugal, obrigado pelo filme.
Declarações de Guerra
¡Acá no hay!
Muitas situações constrangedoras cruzaram seu caminho, infinitas demonstrações em modelos coloriram sua face de vermelho mas, apesar de todos os percalços, o lançamento do produto foi um sucesso. Animada com os resultados obtidos no Brasil, a fabricante contratou a equipe da Aninha para trabalhar no lançamento do produto no mercado argentino.
O trabalho seria gerenciado do Brasil, mas precisava de um apoio local. Aninha ligou para a agência de Buenos Aires com quem tinham um acordo operacional. No meio da explicação do trabalho, o argentino corta Aninha dizendo:- Acá no hay.
Pensando que tinha dito algo errado, Aninha explica novamente o trabalho e novamente é interrompida pelo argentino:
- Acá no hay.
Como o argentino não estava entendendo, Aninha tentar explicar de uma outra maneira e desta vez é interrompida furiosamente pelo argentino:
- ¡Acá no hay!
Bom, já com uma suspeita do que poderia estar acontecendo, Aninha pediu desculpas pelo mal-entendido e imediatamente ligou para seu sócio.
- João, acho melhor você ligar em Buenos Aires. Os argentinos jamais irão admitir, para uma brasileira, que há problemas de disfunção eréctil em seu país.
No fim, com ajuda de um intermediador, o lançamento do produto foi um sucesso mostrando que o problema até que existia na Argentina. Mas as brasileiras não precisavam saber.
Utilidade Pública
De volta à infância
Anos se passaram, o aprimoramento gráfico e a complexidade dos jogos atuais empurraram o Atari para algum canto escondido da memória. Ele ficou lá, empoeirando-se, até que conheci o Wii. Tecnicamente, eles não têm quase nada em comum. A começar pela maneira de jogar: o Wii é bem mais interativo. O jogador deve fazer os movimentos como se fosse um jogo real. Os sensores do aparelho captam esses movimentos e os transportam para o jogo. Há esforço físico. Numa luta de boxe, por exemplo, o jogador tem que socar o ar e não só apertar um botão.
Mas há duas características no Wii que me remeteram ao Atari: a primeira, e mais visível, é qualidade gráfica. A do Wii está tão abaixo de seus concorrentes que, embora também muito distante, se aproxima do Atari. A segunda, e a mais importante, é que o aparelho me fez sentir a mesma empolgação de uma criança que 20 anos atrás tentava vencer o seu primeiro desafio contra uma máquina.
Vaga privativa
A rua Santa Rita Durão, entre Afonso Pena e Ceará, foi loteada entre os "tomadores de conta" que lá atuam. Bem organizados, eles não só chegaram a um acordo sobre quem cuidaria de qual vaga, como chegaram ao ponto de pintar o nome de cada responsável nas respectivas vagas. Nesta região, por coincidência, quem não contratava os serviços destes "profissionais" corria o risco de ficar sem o retrovisor. Apenas uma coincidência.
Na mesma área, havia uma exceção, um lavador de carro devidamente cadastrado na prefeitura que não abordava os motoristas e, sim, esperava ser chamado. Ele também não cobrava para estacionar na rua e com orgulho falava: sou lavador, não "tomador".
Sexta chuvosa, parar próximo ao Palácio das Artes seria difícil. Mas, por sorte, a vaga estava lá. Bastou Joãozinho ligar a seta para o "tomador de conta" aparecer correndo.
- Pára aí não doutor, pára ali.
- Meu amigo, ali é faixa de pedestre. Vou ficar aqui mesmo.
- Tá bom doutor, mas... olha são 10 merreis adiantado.
- Dez, sem chance. E não vou pagar adiantado não, acertamos na saída.
- Não, doutor. Na saída são 3, 4 carros saindo ao mesmo tempo. Eu perco a grana.
- Gente boa, o carro não vai sair sozinho. Na saída a gente acerta.
Já alterado pela raiva, o tomador de conta avisa:
- Aqui, sou cadastrado na prefeitura e se não pagar adiantado eu não posso garantir nada.
Depois de um argumento tão persuasivo e com receio de como encontraria seu carro, Joãozinho deu um adiantamento.
- 2? Mas eu pedi 10!
- O resto eu pago na saída.
Na saída, por sorte ou pela chuva, o "tomador" já não estava lá exercendo seu ofício. Mas o carro continuava em perfeita condições apesar de abandonado pelo "vigia".