Recesso

Em meio a algumas taças champanhe seria complicado atualizar o blog. Portanto, ele estará fechado para postagens até dia 6 de janeiro ou enquanto durar a ressaca.

Até lá.

E muito obrigado pela presença durante este tempo.
Feliz Ano-Novo.

A primeira pedra

Ok, reconheço que não sou a melhor pessoa para jogar a primeira pedra quando o assunto é o mau trato à nossa língua mãe. Mas, não há como perdoar este erro que apareceu na seção de dicionários da livraria. O responsável bem que poderia ter colado do livro ao lado.

Valeu pela foto Júlio.



Então é Natal

A cada ano, a comemoração do nascimento de Cristo é mais absorvida pela celebração do consumo. Com sua farta distrubuição de presentes e a ajuda das promoções e propagandas natalinas, Papai Noel vem conquistando cada vez mais espaço na cabeça das pessoas.

Nas decorações das lojas, então, nem se fala. O Bom Velhinho não deixa espaço para a concorrência. Mas parece que, em pelo menos uma cidade, Noel ficará no prejuizo. A câmara municipal de Fluom-Winzeln, uma cidade com cerca de 3 mil habitantes na Alemanha, resolveu banir o Papai Noel (sim, não são só os nossos vereadores que andam muito ocupados).

O objetivo deste banimento é prestigiar a tradição de São Nicolau. O prefeito afirmou que Noel, além de ser um personagem artificial, não lembra em nada São Nicolau: uma pessoa que ajudava os carentes e um verdadeiro amigo das crianças. O comércio e as escolas aderiram à campanha de banimento e retiraram as decorações com Papai Noel e afixaram cartazes mostrando que o velhinho de vermelho não é mais bem-vindo.

Resta saber se, mesmo com o risco de não ser bem recibido, Papai Noel deixará presentes ao pé das árvores de Fluom-Winzeln.

Desculpe-nos o transtornos. Estamos aqui para melhor servi-lo.

É indiscutível que o treinamento de funcionários é um elemento importante para a sobrevivência de uma empresa. Pode ser demorado, e até desesperador, cair numa fila de um vendedor que esteja com "em treinamento" escrito no crachá. Mas é inegável que o treinamento só se completa com a prática do ofício.

Mas há coisas que o cliente não precisa saber ou ser lembrado. É claro que uma empresa visa o lucro, é óbvio que ela gostaria de aumentar o valor da compra de cada cliente. Mas o consumidor não precisa ser lembrado disso durante a compra.

Enquanto terminava o seu Cheddar McMelt, Joãozinho não podia deixar de ouvir a gerente do Mc Donald's que falava entusiasmadamente com seus funcionários no meio das mesas:
- Vocês têm que saber a diferença entre anotador e promotor. O anotador anota o que o cliente quer. O promotor sugere, vende. Eu não quero um anotador. Vocês têm que ser promotores. Têm que vender, anotar não é importante, vender que é. Tem que falar da nova sobremesa com calda de goiaba, tem que sugerir...

Como seria bom continuar na ilusão de que o sorriso da moça do caixa era apenas uma demonstração de simpatia.

Dúvidas de beleza

Para os cabelos: xampus e condicionadores para cabelos lisos, anelados, vermelhos, loiros, pretos, castanhos, fracos, curtos, longos, fortes, secos, oleosos, normais ...

Para o corpo: sabonete (líquido ou em barra) hidratante, esfoliante, firmador, para pele seca, oleosa, mista, negra, caucasiana...

Para as partes íntimas: sabonete líquido normal, com aroma, em lenços umidecidos, para crianças...

Para um cuidado especial: sabonete (líquido ou em barra) antiséptico, bactericida...

Para o rosto: gel ou espuma de limpeza para pele sensível, oleosa, mista, seca, extra-seca...

Como viveu minha bisavó que lavava tudo isso com sabão em barra, feito de gordura animal, que tinha cheiro e aparência horrível? E como uma foto dela, tirada no começo do século (quando não tinha o photoshop) a traz tão bonita?

Pagamento à vista

- Quanto custa esta blusa? Quero pagá-la à vista.
- Ela custa R$ 69,90. À vista, eu posso dar 10% de desconto. Mas o fulano (dono da loja) pode dar mais. Conversa com ele.

...

- Fulano, quero levar esta blusa à vista. Quanto de desconto você me dá?
- Hum... Posso dar 15%. Ela sai por R$59,00.
- Ah, não: 59 é um número feio. Pago R$ 55,00 (já entregando o cartão de débito).
- Não dá. O cartão de débito me consome 3,5%, não posso diminuir mais, mesmo à vista.
- E se eu pagar à vista com cheque. Faz por R$ 55?
- Hum... Pode ser... à vista, cheque... Ok.
- Ótimo. Anota aí que semana que vem eu passo aqui e te pago.

...

Conversa que só se escuta no interior deste meu Brasil.

Espírito de Natal.

Muitas vezes é melhor abortar um projeto do que executá-lo sem o dévido cuidado. Com a proximidade do Natal, as empresas se empenham em criar atrações para incentivar as vendas. Acontece que algumas não conseguem obter o que desejavam ou pior, o que era para aumentar o consumo acaba sendo um estímulo para reduzi-lo e ainda arranha a reputação da marca.

Segundo o Uai, um parque de Dorset, no sul da Grã-Bretanha, se esforçou para criar e divulgar a "Nova Floresta da Lapônia". Ao que parece, os esforços em divulgar a floresta natalina foi bem melhor do que os da execução do projeto, pois em apenas uma semana de funcionamento o evento gerou o protesto de 2 mil pessoas na entidade britânica de defesa ao consumidor. As queixas vão desde que o local não corresponde ao que foi divulgado, até um Papai-Noel que fumava durante a visita. A insatisfação gerada foi tão grande que um pai chegou a agredir o "Papai-Noel" depois esperar por quatro horas na fila, descobrir que não poderia tirar fotos do seus filhos com o Bom Velhinho e que iria ter que entrar em outra fila para receber um brinde.

A atração, além das reclamações e da agressão ao Papai Noel, rendeu agressão física a três seguranças e três "elfos", sem contar os que foram xingados. E, para piorar, o responsável pelo marketing do parque afirmou que as reclamações foram feitas por um grupo de "criadores de caso" profissionais, pessoas que gostam de entrar em filas e criar confusão. Bem, se ele acredita que há duas mil pessoas dispostas a entrarem numa fila apenas para criar confusão, acho que é melhor ele incluir um novo emprego na sua listinha para o Papai-Noel.