Fé olímpica

Além das competições esportivas, outro ponto interessante de se observar é a diferença cultural e física entre as nações que são evidenciadas nas olimpíadas. 

Pode ser pela maneira fria e contida de se comemorar uma conquista ou pela explosão de alegria por ao menos terminar uma prova. Também pode ser pela diferença de estatura que existe entre os competidores dos países do norte e os do sul que deixam claro quem vive no lado de cima do mundo. Ou mesmo pelas cores do uniforme, que revelam um pouco da alegria ou da fé do povo.

Como os uniformes femininos que serão adotados por algumas seguidoras do islã. Podem até não favorecer o desempenho das atletas, mas mantêm sua fé inabalada. 
A burkíni sofre com uma concorrência desleal do fast skim. Em todos os estilos.


O fast skin, cobre todo o corpo e garante  bons resultados.


Importante é competir?

Os Jogos Olímpicos começarão dentro de poucos dias no que promete ser uma das Olimpíadas mais polêmicas dos últimos tempos. No esporte, as polêmicas não são restritas aos erros de árbritos ou ao uso de anobolizantes para melhorar o desempenho. Os lemas "o importante é competir" ou "o espírito olímpico prevalece" não são levados muito a sério por atletas, organizadores e nem políticos. Afinal, um milhão de pratas não valem um ouro.

Boicotes políticos como ocorridos em Los Angeles e Moscou difícilmente ocorrerão novamente. O esporte se torna um negócio cada dia mais rentável com cifras cada vez mais astronômicas. Imaginem o prejuízo não só para o país sede como também para empresas, que vão desde as de material esportivo, de refrigerantes às de cartão de crédito, se uma delegação como a dos EUA decidisse não participar dos jogos por protesto. Por quatro anos, o mercado americano não teria campeões olímpicos para se espelhar, vender novos produtos e angariar mais "ouro" para seus patrocinadores. 

A medalha de ouro que brilha no peito do atleta pode até ser a parte mais visivel de uma vitória olímpica, mas a grande riqueza passa é pelos bastidores. Não é à toa que cidades já brigam para sediar os jogos de 2016 sem ao menos terem começado os de 2008. Todas estão em busca do ouro olímpico. E nós ficamos na torcida verde-amerela.


As marcas das cidades que concorrem para sediar as Olímpiadas de 2016.

Crendices

Ao longo da história, o homem  buscou a cura de seus males não só pela da ciência, mas também pelo misticismo. Sem contar com os poderes divinos, na ausência de um médico, não custa apelar para pagés, magos, videntes e curandeiros. Se bem que pode custar um bocado. Não só de grana, mas de histórias.

Conversando com seu dentista, Joãozinho comentou sobre a gastrite que o estava incomodando. O dentista recomendou uma médica ortomolecular muito boa que havia curado seu filho.

- Meu filho estava sempre doente, médico nenhum sabia o que ele tinha. Aí essa médica detectou, por meio de um aparelhinho, que ele estava com um verme no fígado. Passou uns  remédios e ele está curado.

Confiando na recomendação do dentista, Joãozinho ligou para a médica. Chegando lá, estranhou a casa. Uma casa normal, sem placa e com alguns idosos conversando no jardim. Aquilo parecia mais um asilo do que um consultório. Tocou a campanhia, e descobriu que era lá mesmo. A dra. lhe atendeu toda sorridente.

- Dra., boa tarde...

- Não me chame de doutora, eu sou terapeuta. Deite aqui, meu filho, que eu vou acabar de conversar com o pedreiro e já volto.

Sem entender muito bem, Joãozinho deitou numa cama elétrica massageadora que mais fazia barulho do que massagem. E ficou pensado se seria uma sessão de análise ou o quê. Antes de ele chegar a uma conclusão,  chegou foi um cara no consultório com um aparelho que parecia um rádio amador  e foi logo perguntando:

- E aí, veio fazer o teste?

- Eh... eu acho que não...

- Acho que sim...

Nisto a "terapeuta" volta e pede para Joãozinho sentar e colocar a mão neste aparelho. A jeringonça tinha dois medidores de corrente e dois fios. Um que conecta em um vidrinho e outro que se conecta num objeto no formato de caneta que era pressionado na mão do Joãozinho.

- Neste vidrinho tem um tipo de verme morto, quando o marcador não se altera, você está limpo. Se ele mecher, você está com este verme. Explicou o sujeito.

- Mas como este aparelho vai detectar alguma coisa através deste vidro de água?, perguntou Joãozinho.

- Simples, pelos meridianos da acupuntura, ele detecta a energia do verme e compara com o do vidrinho.

Já desconfiando que a furada que se meteu era maior que imaginava, Joãozinho se submeteu ao "teste". O cara apertava a caneta nos meridianos da mão do Joãozinho, trocava o vidrinho e o marcador apontava a variação energética dos vermes enquanto o sujeito descrevia todos os nomes que Joãozinho alguma vez já tinha ouvido em aulas de biologia. No meio da troca dos frascos de água com os verme, a terapeuta fazia perguntas. 

Acabado o teste, e sem ao menos perguntar porque Joãozinho estava lá, a terapeuta pega um frasco de óleo de gergelim e entrega para Joãozinho pingar nos olhos. Enquanto isso, o sujeito diagnósticava a flora de vermes que estava provocando uma série de males no João - males que ele nem ao menos tinha percebido. 

- A giardia está provocando artrose. Você deve estar com as juntas doloridas.

- Não estou não.

- Mas ela está no seu fígado, deve ser então por que você se exercita.

- Mas eu me exercito. E como você sabe que há uma giardia no meu fígado? Como este aparelho mostra a localização do parasita se a variação do marcador foi a mesma em todos os frascos?

- A gente sabe pela energia, respondeu.

E já emendou outro diagnóstico e passou uma infinidades de remédios que só poderiam ser encontrados numa farmácia na próxima esquina (um amarzém que também tinha uma placa de drogaria).

Saindo de lá, Joãozinho depositou o óleo de gergelim na caçamba em frente à casa e ligou para contar a história para uma amiga que, além de médica, também é acupunturista. Depois de 5 minutos de gargalhadas, a amiga só conseguiu dizer:  

- E ela ainda pôs a pobre da acumputura no meio.

E se foram mais 5 minutos de gargalhadas.

Depois de "serem detectadas" uma série de parasitas em seu corpo, Joãozinho não teve dúvidas em reconhecer que ao menos um estava ali. Olhando para ele pelo retovisor do seu carro. 
Uma enorme topeira que estava escondinda e que agora também ria dele.


 

O que se come pelo mundo

Eu me lembro de ter lido esta matéria na Veja ou na Época há muito tempo e ter ficado impressionada com os dados. O tempo passou e recebi agora um e-mail com o mesmo material. Refrescou a memória e continuei impressionada. Acredito que a realidade de cada país não deva ter mudado muito... pelo menos, não para melhor.

Reparem no tamanho da família, a dieta alimentar de cada país, a disponibilidade de alimentos e a despesa com comida em 1 semana.

1 - Alemanha: Família Melander de Bargteheide. Despesa com alimentação em 1 semana: 375.39 Euros / $500.07 dólares


2 - Estados Unidos da América: Família Revis da Carolina do Norte. Despesa com alimentação em 1 semana: $341.98 dólares


3 - Itália: Família Manzo, da Secília. Despesa com alimentação em 1 semana: 214.36 Euros / $260.11 dólares


4 - México: Família Casales de Cuernavaca. Despesa com alimentação em 1 semana: 1,862.78 pesos / $189.09 dólares

5 - Polônia: Família Sobczynscy de Konstancin-Jeziorna. Despesa com alimentação em 1 semana: 582.48 Zlotys / $151.27 dólares


6 - Egito: Família Ahmed do Cairo. Despesa com alimentação em 1 semana: 387.85 Egyptian Pounds / $68.53 dólares


7 - Equador: Família Ayme de Tingo. Despesa com alimentação em 1 semana: $31.55 dólares



8 - Butão: Família Namgay da vila de Shingkhey. Despesa com alimentação em 1 semana: 224.93 ngultrum / $5.03 dólares

9 - Chade: Família Aboubakar do campo de refugiados de Breidjing. Despesa com alimentação por semana: 685 Francos / $1.23 dólares


Alguém tem idéia de quantos dólares gasta por semana com alimentação?

Também, foram crescer pra quê?

Os personagens adolescentes da Turma da Mônica ficaram tão diferentes que eu acabei confundindo a Magali com a Mônica. Graças ao Maurilo, do Pastelzinho, confusão desfeita:

- na foto do post abaixo, Magali bem magrinha. Será que continua comilona?

Todo mundo tem que crescer?


Alguém reconhece a mocinha ao lado? Basta imaginá-la mais baixinha, gorducha e com um coelhinho azul na mão...

Primeiro, foram os bichinhos da Parmalat. Agora, é a vez da Mônica e sua turma crescerem e entrarem na adolescência. Não é difícil sentir uma certa estranheza ao ver a Mônica e o Cebolinha grandinhos e a Magali mocinha.Em agosto, chegam às bancas as novas histórias da Turma da Mônica na versão adolescentes. Com estilo de Mangá (quadrinho japonês), os personagens crescidinhos ganharam ajuda de psicólogos e estudiosos do comportamento juvenil para terem suas personalidades delineadas.

Não sei, não. Acredito que alguns personagens não deveriam crescer conosco. Eles moram no nosso imaginário como crianças e deveriam permanecer assim por lá.

Reforço

Minha principal motivação para começar este blog foi me obrigar a escrever. Embora goste de escrever, sempre fui uma pessoa que dizia mais com os desenhos do que com as palavras e escrever para o Eu Consumo é uma forma encontrada para equilibrar esta equação. Acontece que não estou conseguindo escrever no ritmo que gostaria e muito menos no ritmo que um blog pede. 

Por isso, a partir de agora este blog contará com uma segunada visão sobre as relações de consumo. Liene Maciel, uma visão diferente, com formação também em comunicação, mas em jornalismo. Trabalhando também com publicidade, mas no marketing do cliente. Dividindo o mesmo computador, compartilhadno a vida e, agora, também o blog. Bem-vinda, minha gatinha.

Você não conhece o poder que tem o lado negro da força.

Poucos filmes me marcaram tanto como a série "Guerra nas Estrelas". Não pela qualidade dos filmes, é claro que nenhum desses seis filmes estão na lista dos melhores que eu já vi, mas é pela força que me atrai para tudo que se refere a esta franquia.

Uma força maior do que a decepção em ver os três últimos filmes produzidos, bem aquém de minha expectativa. E o pior, é que quando tentei rever os três primeiros filmes, eles ficaram aquém de minhas lembranças. Óbvio que os filmes não mudaram, eles continuam da mesma forma que da penúltima vez que os tinha visto. Tão pouco minhas lembranças estavam distorcidas, alguns diálogos e cenas estavam gravados em minha memória da mesma forma que eram executados pelos atores. Mas as sensações que os filmes me passavam não eram mais as mesmas de quando eu os via e revia há muito tempo, numa infância distante.

Mesmo assim, ainda vibro com os personagens dos filmes principalmente quando se transformam em atores de uma boa propaganda.


Junte-se ao poder do lado negro da força.

Num ambiente onde o poder do alvejante é sempre reconhecido, aparece um produto que mantem a força das roupas negras.

Osama Bin no Brasil

Ao menos, foi o que achou uma operadora de telefonia celular brasileira (revista época). A operadora emitiu e enviou faturas, por engano, com o nome "Osama Bin + o nome da cliente".  Claro que a consumidora em questão não gostou do apelido, e virou até motivo de brincadeiras. Por causa disso, já pede indenização por possíveis constrangimentos.

Agora, o que me intriga é como o nome do terrorista mais procurado da atualidade foi parar na fatura do cliente?  Será que foi um ato de terrorismo?

Na seca

Dizem que no Brasil não basta ser lei, ela tem que pegar para que realmente entre em vigor. Em outras palavras, tem que haver fiscalização e, para tanto, cobertura da mídia.

Isto ficou evidente com a entrada em vigor da nova lei de trânsito. Mais rigorosa com os motoristam que ingerem bebidas alcoólicas, ela corria o sério risco de ser apenas mais uma entre tantas leis escritas em papel esquecidas pela população. A lei anterior sobre o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas já era rígida, mas como não havia fiscalização para conter os abusos caiu no esquecimento. Esta parece que vai pegar, ao menos enquanto durar a cobertura dos jornais.

Os otimistas acreditam que esta lei já pegou. Já os pessimistas, que ela não passa de uma artimanha do governo para aumentar a arrecadação em um ano eleitoral. Os oportunistas, é claro, tentam descubrir alguma forma para lucrar. O céticos, como eu, acompanham os relatos, lamentam a cerveja não bebida, mas comemoram dados como os de São Paulo onde houve queda de 19% no número de atendimento às vítimas de acidente de transito (uol). Um bom resultado, que dá pista que esta lei continuará jogando água no chopp dos motoristas por um bom tempo.

Como se pode ver, os motoristas de táxis não são os únicos a lucrarem com a nova lei.