Tudo por uma boa causa

Interferir positivamente na sociedade, não só através da venda de seus produtos ou serviços, é uma forma interessante de manter um bom relacionamento com seus consumidores. Atualmente, muitas marcas modificaram seus produdos para serem menos poluentes, fazem ações socias ou incentivam seus clientes a praticarem um estilo de vida mais saudável. Para algumas empresas, praticar uma dessas estratégias é apenas a contra-partida aos danos provocados por sua atividade. Para outras, pode ser ideologia, mas todas visam melhorar sua imagem e, quem sabe, aumentar a fatia do mercado.

Ao retornar da padaria no sábado pela manhã, Joãozinho foi recebido ao som de um batuque no melhor estilo Timbalada. Pensou que algum vizinho estivesse comemorando a vida. Chegando à janela, descobriu que o quê parecia uma comemoração era, na verdade, uma ação do “Mc dia Feliz”. A música não era o que ele gostaria de ouvir, mas era por uma boa causa. Meia hora depois, os tambores foram substituídos por gritos de um menino de 8 anos que tentou em vão atrair amiguinhos para andar de bicicleta em uma pista improvisada no estacionamento da lanchonete.

Já desconfiado que ainda poderia ficar pior, Joãozinho teve seus pensamentos espantados por gritos histéricos da Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho e sua turma, que andavam por entre os carros tentado convencer os motoristas a entrarem na lanchonete. Esquecendo-se de todo seu espírito solidário, Joãozinho pegou catálogo telefônico. “Onde, diabos, eu encontro a Bruxa Malvada?”

4 comentários:

redatozim disse...

Bruxa Malvada, nada. Legal mesmo era montar uma carrocinha de Bob's ou Xodó pra vender na frente do evento.

Eduardo César e Melo disse...

Seria ótimo Maurilo. Mas sem verba e sem prazo, só dava para arrumar um pouco de maçã encatada.

Rubens disse...

Se a sua janela dá para a lanchonete, era só relembrar os tempos de menino e jogar um balde dágua lá de cima, ou então uma mamucha de laranja e gritar "McPorra-é-essa?". Política da boa vizinhança sempre dá resultado.

Eduardo César e Melo disse...

Por que não pensei nisto antes? Acho que a mamucha de laranja é mais precisa do que o balde d'água. Já vou providenciar um estoque.