Ainda faltam dois dias para as férias

Joãozinho mandou imprimir o anúncio, levantou esticou as mãos e ficou esperando, esperando, esperando...

- Porra mas que demora desta impre...

- O que foi, João?, pergunta a redatora assustada.

- Estou há meio século esperando a impressão. Mas acabei de perceber que ela não sairá do meu monitor. Equipamento antigo... vou lá na impressora que já deve estar pronto.

A diferença é pequenininha.

Alguns corretores de imóveis têm dificuldades em entender algumas especificações. Quando um cliente pede para ver somente apartamentos acima do 4º andar, para maioria das pessoas está claro que o primeiro, o segundo, o terceiro andar e, principalmente, o subsolo estão fora de questão.

Mas os corretores não entendem assim. Na verdade, o desejo do cliente não tem a menor importância o que vale é empurrar os apartamentos que estão no portifólio da corretora.

- E olha, Joãozinho, o valor deste apartamento maravilhoso é só XXX mil. E aí vamos formalizar uma proposta?
- Mas... Corretor, este apartamento está 200 mil a mais que a faixa de preço que eu te falei.
- Mas veja bem, Joãozinho, a diferença é muito pequena, pequenininha. É só você financiar. Vamos falar com o gerente agora para fazer sua proposta.
- Proposta eu não vou fazer, não. Mas vamos lá falar com o gerente. Se para você 200 mil é pouco, eu vou é pedir um emprego.

RSVP

Aninha foi em um casamento que teve uma mega festa. Tudo de bom e do melhor e de um bom gosto e organização que estava de encher os olhos. Nada diferente do que a noiva, sua amiga, merecia.

A festa estava ainda no começo quando ela ouviu a surreal conversa entre uma das convidadas e um garçon:

- Garçon, eu preciso falar com o chefe do cerimonial desta festa! Eu liguei, como pedia o convite, para reservar meu lugar na festa - RSVP! E não tem uma cadeira neste salão para mim.

O garçon olhou para Aninha, que desfarçou o embaraço olhando para a banda no palco.

- Garçon, me diga quem é ele! Eu reservei meu lugar e não estou achando a minha mesa! Isso é um absurdo e uma falta de elegância.

Aninha saiu de perto sem saber o que o garçon tinha conseguido resolver. Mas ficou rindo da interpretação da mulher do "respondez s`il vous plait" (responda, por favor). Será que ela traduziu para "Reservè Su Vague Personé"?

Eu consumo livros (27 a 31/8)

Na onda do aproveitar a literatura para conhecer culturas totalmente diferentes, lembrei-me de um outro livro, enquanto me deliciava com a entrevista da Xiran Xue: Memórias de uma gueixa, de Arthur Golden.

O livro traz a extraordinária história de Sayuri, uma menina pobre que foi vendida pelo pai para se tornar alguém melhor na vida - uma gueixa. Eu, que sempre tive no imaginário que as gueixas eram as prostitutas chiques do Japão, deixei-me levar pelas mãos da pequena Sayuri para um mundo de encantamento, sofrimento e degradação, que retrata a cultura japonesa da década de 20 ao pós-guerra.

O livro do final da década de 90 e em 2005 virou um filme feito pela produtora do Spielberg.


Bom, a ideia é conseguir fazer um post semanal sobre livros. Afinal, se tem uma coisa que eu consumo mesmo são livros. De guias turísticos a clássicos da literatura mundial, passando por livros de receita (eu os leio!), best sellers da moda, infanto-juvenil, biografias, quadrinhos e, claro, livros técnicos.

No começo, nem tudo é mil maravilhas

Joãozinho fazia estágio em direção de arte numa agência. Agência pequena, era aquele tipo de estágio em que ele fazia direção de arte, finalização, montagem, redação e se bobeasse, até o cafézinho.

Um dia, já em cima da hora para apresentar uma campanha, ele estava montando as peças em pranchas quando acabou a cola.
- Oh, Pedro, onde eu arrumo mais cola?
- Bem, João, você vai ter que protocolar o pedido e entregar para a menina do administrativo.

Puto porque não tinha tempo para ficar escutando piadinha, Joãozinho foi até o administrativo.
- Aninha preciso de uma cola pritt.
- Cadê o protocolo?
- Que protocolo?
- Você tem que preencher o protocolo de requerimento e me entregar.
- Aninha, estou com pressa me dá a cola que depois que montar as peças eu preencho o protocolo.
- Não. Só entrego a cola depois de receber o protocolo.

Enquanto Joãozinho preenchia o raio do protocolo, pensava no absurdo da situação. Numa empresa com apenas seis pessoas, sendo que duas eram sócias, que desperdício de tempo e de papel era aquele apenas por causa de uma cola pritt.

Gripe. O porquinho pode ser você.

Entra inverno, sai inverno e não havia nenhuma novidade no quesito saúde: gripes, resfriados, pneumonias, bronquites. O mesmo diagnóstico e os mesmos pronto-atendimentos lotados. Sempre.

Aí, este ano, um porquinho ficou gripado em algum lugar do mundo e conseguiu passar o vírus para um humano. O vírus sofreu mutações (antes ou depois de chegar no humano, não sei) e começou a se espalhar assustadoramente pelo mundo.

A epidemia poderia ser ter sido controlada se as pessoas fizessem duas coisas simples: usassem lenço de papel ao espirar ou tossir e lavassem as mãos. É a chamada etiqueta da tosse (se não tiver lenço de papel na hora, tussa ou espirre no manga da camisa).

Para quem não acredita na força da higiene, o vídeo abaixo pode ajudar a não virar um porquinho:

Tão perto, tão longe

Hoje, com tanta tecnologia capaz de aproximar as pessoas é impressionante a distância que pode existir entre os vizinhos de um mesmo edifício.

A porta do elevador se abre, Joãozinho entra e cumprimenta uma mulher:
- Bom dia.
- Bom dia. Estou vendo que tenho vizinho novo.
- Bem, você que deve ser nova. Já moro aqui há seis anos, respondeu Joãozinho.
- Hehehehe, sou nova, mas não aqui no prédio. Estou aqui há 28 anos.