No fio do bigode

Confiança é um ônibus rodar sem trocador, apenas com um sensor eletrônico para validar o ticket. É um posto de gasolina self-service, onde, depois de abastecer vai-se até a loja efetuar o pagamento. É fechar a loja para curtir as férias de verão e colocar um aviso com o dia da volta. Tudo isso é possível com confiança o que possibilita uma dia a dia mais sadio.

Chegávamos no hotel no primeiro dia em Roma cansados, ou melhor exaustos. Subimos até o quarto, passamos o cartão na porta e nada. Passamos mais quatro vezes e nada de a luz verde aparecer e liberar nossa entrada. Fui até a recepção e expus o problema. Provavelmente homenageando minha quinta geração, o recepcionista subiu ao nosso andar para abrir a porta do turista brasileiro idiota que era incapaz de abri-la. Dez minutos e várias tentativas depois, o recepcionista diz que deveria haver algum problema com o cartão e ele iria voltar até a recepção para pegar a chave-mestra.

Meia hora depois, volta o sujeito e tenta abrir a porta mais algumas vezes com o meu cartão.

- Me desculpe, senhor. Mas a camareira trancou a chave mestra em sua gaveta e temos que esperá-la.
- Ok, você acha que vai demorar muito?
- Bem ... ela mora nos arredores de Roma e não tem carro. Deve ser aproximadamente 40 minutos. Mas vocês podem esperar em outro quarto.

Sem outra opção e sem as malas, esperamos até a camareira chegar.

No dia seguinte, saímos com a promessa de que o problema seria resolvido até voltarmos. Mas não foi. Quando voltei à recepção, pelo menos desta vez, a chave-mestra estava lá. Sem hesitar, o recepcionista me entrega a chave-mestra e avisa:

- Só não se esqueça de deixá-la aqui quando vocês saírem.

Ok, outra cultura, a chave estava em boas mãos (as minhas, claro) mas deixar a chave-mestra de um hotel na mão de um hóspede é muito. Talvez, depois de duas horas, a consciência deva ter pesado porque o cara foi lá pegar a chave de volta.


O aviso para não emprestar a chave para um hóspede. Completamente ignorado.

Nenhum comentário: