Amarelou, perdeu?

Quem já competiu ao menos uma vez sabe que perder faz parte do jogo. Não há times invencíveis: podem até parecer como tal por um tempo, mas um dia a derrota baterá ansiosa e amarga em sua porta. 

Não me julguem pessimista. Sou até muito otimista. São apenas análises de fatos: o Santos de Pelé perdeu, a seleção com Pelé também não ganhou tudo. Não falo apenas como torcedor. Para mim, um quarto lugar no Mineiro de judô foi uma tremenda vitória. Já o mesmo quarto lugar no Karatê foi uma tremenda derrota. Vitória  porque cheguei mais longe do que merecia; derrota porque um erro me fez sair antes do que eu queria. Injusto? De maneira nenhuma. Em competições elimitórias quem está melhor no momento vence. Não importa se foi por 1 cm ou se o ponto não valeu porque a base não estava firme. Perdeu. Agora só resta esperar a próxima.

E tem gente que espera muito: foram quatro anos ouvindo Rússia zumbindo em seus ouvidos. Mesmo assim, as meninas do vôlei brasileiro seguiram em frente, e finalmente chegaram até o topo do pódio numa Olímpiada. 

O ouro ofuscou a derrota para Rússia? Não sei. Acredito que elas sempre se lembrarão daquela derrota antes de cada decisão. Mas, pelo menos desta vez, não se importarão quando falarem em amarelar. Já que desta vez foi o topo do pódio que amarelou.