Imaginem um espectador, que no show de sua banda preferida, espera ansiosamente que ela pare de tocar as músicas de seu novo CD e toque seus velhos sucessos. É o apego e o estranhamento se unindo para lutar contra o novo. Godin acredita que, pelo menos por um tempo, o novo nunca se parecerá tão bom quanto o antigo. Isso vale tanto para as novas músicas, quanto para novos serviços e produtos.
Geralmente, essa sensação passa com o tempo. Com o contato, vamos nos acostumando com os novos sons, as novas cores e as novas utilidades. Embora não haja nenhum problema em sentirmos uma certa nostalgia, não podemos ser tolos o suficiente para achar que não haverá nada melhor. Ou pior, não buscarmos algo melhor. Se não, corremos o risco de nos tornamos uma vitrola velha, que enquando a agulha não consegue sair do arranhado do disco, fica sempre repetindo: ai que saudade da minha época.
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