Comércio da insegurança

Nos últimos 3 meses, entraram no meu carro para roubar o estepe, invadiram a casa dos meus pais e levaram quase tudo e entraram no meu prédio para furtar os móveis da recepção. Levando-se em conta que o arrombamento do carro ocorreu em frente ao 12º Batalhão de Infantaria, não entrarei no assunto sobre o aumento da violência em BH mas, sim, no da indústria da segurança.

Depois destes fatos, procurei e encontrei produtos os quais nunca havia sequer notado a existência. Desde protetores contra roubos de estepe (descobri ainda na delegacia fazendo boletim de ocorrência que esse roubo é muito comum) e protetores de bateria (para dificultar o desligamento do alarme de carro), a portas de aço com seis trincos para casa, passando por várias tecnologias de circuito interno de TV. Hoje há uma infinidade de produtos e serviços que prometem amenizar a sensação de insegurança e a retardar a ação de criminosos. 

Apenas retardar, porque, não importava o produto ou serviço oferecido, a frase mais pronuciada era que se um ladrão quiser entrar, ele entra. Nada animador, mas pelo menos as empresas desse setor com as quais tive contato foram honestas. Já é um começo.

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