Quem abriria mão de 30 segundos?

Um dos maiores empecilhos em nossa vida é o custo do que queremos. Tudo tem seu preço e, geralmente, ele é maior do que gostaríamos de pagar. No trabalho não é diferente. Joãozinho ficava intrigado quando reuniões de apresentação interna de campanha acabavam em discussão entre o departamento de mídia e o de criação a respeito de verba. “Valeria a pena tirar verba da mídia para a produção desta foto?”, perguntava a mídia indignada. “E se diminuíssemos o número de modelos?”, sugeria ela maliciosamente.

Joãozinho replicava que um dos maiores desafios da publicidade é ser percebida dentro deste mar de superexposição de informações em que vivemos. Com tanta informação disponível por aí, as pessoas tedem a se tornar mais seletivas em relação ao que consomem. Concentrar a verba em mídia é uma tentativa válida de se atravessar este congestionamento de informação através da insistência. Mas, parte da comunicação poderá ser atropelada no meio do caminho se a mensagem não for mais atrativa do que as demais. Para diminuir essa dispersão é importânte investir em produção de peças criativas que realmente despertem a atenção do consumidor. Afinal de contas, a questão não é quantas pessoas serão expostas ao anúncio e sim quantas, de fato, abrirão mão de 30 segundos de suas vidas para prestar atenção nele.

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