Aninha estava passeando no Shopping Boulevard quando viu um colar lindo na vitrine da Siberian. Empolgada (coisa que nunca acontece quando o assunto é acessório), entrou decidida a comprar o mimo. A resposta do vendedor deixou-a sem fala:
- Só tem o da vitrine.
- Ótimo. Vou levá-lo.
- Mas não posso vendê-lo. É da vitrine. No próximo sábado as peças para venda devem chegar. Aí se você quiser, pode voltar.
Sem palavras, sem respirar direito por ter ouvido um absurdo tão grande, Aninha foi embora decidida a ir a outra loja da marca para comprar o colar.
No sábado seguinte, lá vai Aninha para o BH Shopping fazer supermercado e, claro, comprar o colar. E lá estava ele, na vitrine, reluzente, esperando por ela.
- Ah... aquele colar a gente não pode vender.
- A coleção ainda não chegou?
- Chegou no começo do mês e já acabou. Aquela é a última peça...
- Então eu posso levá-la, já que ela não precisa ficar à mostra para despertar o desejo das pessoas, pois já acabou...
Aí a vendedora foi bem clara e deu uma solução:
- Não podemos mexer na vitrine. Nos próximo dias devem chegar as peças para montarmos uma nova vitrine. Só assim podemos vender aquela peça. Quer deixar seu nome na fila de espera?
Quem conhece Aninha sabe o quanto ela demora a desejar muito uma coisa. E o quanto ela deseja aquilo que ela quer. Enquanto espera o telefone tocar, reflete o quanto uma política tão rígida da franquia com as vitrines vale a pena... Muita gente pode comprar o colar da loja ao lado.
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