Saindo de casa, me deparei com um cachorro, já meio tonto, correndo atrás do seu próprio rabo. Em meio a um sorriso me veio a dúvida: quanto tempo ele ficará rodando até perceber que não tem jeito?
Opa, e por falar em tempo, já não podia mais ficar parado. Tinha que pegar o ônibus e correr para o trabalho. Na agência, a correria é para cumprir prazos que me parecem cada vez mais apertados. Tem dias, como hoje, que o tempo passa voando e que o horário comercial não foi suficiente. Já dentro do ônibus, cansado pego a agenda e reviso a lista de coisas que tive de adiar e calculo o quanto que tenho que correr para colocar tudo em dia. Já chegando em casa, antes mesmo de poder terminar minhas contas, senti que estava sendo observado. Um cão, que parecia estar rindo, não sabia se balançava ou não o rabo para mim.
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